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sábado, 29 de outubro de 2011

Queria achar uma maneira de me libertar dos vícios, da melancolia constante, dos choros contínuos, da mágoa incessante. E estás errado tu, se achas que isso são meros relatos, meras palavras, meros fatos, mas não são. Minha realidade é assim e acostumei que ninguém nada fará por mim.
Tu não chora, mas também não sorri, tu não é frio, mas também não é quente, tu não dorme, mas também não acorda, tu não ama, mas também não é amado, tu não vive, mas também não morre. Tu és assim, uma metáfora, um conto, uma pá de vazios que por dedução sabemos que esses vazios são contraditórios e por ironia tu também és.
Eu não sei amar
Me contento em sofrer
Talvez por medo de errar
Eu nunca aprendi a viver.
Me prendi perdi num voar
De aves no anoitecer 

Mudando então o olhar 
Percebi que até seria mais fácil morrer.
Tentei então sem fé me jogar
No abismo do "eu não ser"

Constatei sem muito me esforçar
Que a vida algo tinha a me oferecer.
Entregando meus pensamentos ao ventar
Senti logo ao amanhecer
Que estava começando a traçar

Um rumo do que eu devia ser.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Me permita fazer uma reza mesmo que seja sem fé?
Me permita entrar descalço, assim, sem nem mesmo limpar o pé?
Me permita viver, morrer e partir quando quiser?
Me permita gritar, estremecer e tomar um café?
Me permita sangrar em silêncio, Zé?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Senti horror profundo quando enfim
Olhei para o mundo.
Fiquei sem reação 
Resolvi orar para algum São.
Impiedade teve então
Me deixou na solidão
E não ousou estender uma mão:
Não merecem o meu perdão, disse o velho rindo então.
Tive um lapso de memória no segundo, quando enfim
Olhei para o mundo.
Insegurança que domina
A alma que abomina
Os anseios de Carolina.
Mas se achares na esquina
A vida de tal menina
Numa caixinha inquilina
Por favor, não a entregue
Para escuridão matutina.
”- Eu não quero mais nada que seja teu! -ela disse com acidez e frieza e com a mesma frieza jogou-lhe o coração ao vento- 
Ele pensou: - Do que adianta jogar o baú de lembranças fora, quando todas as lembranças já estão guardadas na mente? -e ele com os olhos lacrimejando fez um meio sorriso e foi embora.”
“Morri de morte súbita.
Morte proferida.
Morte adiada.
Morte sentida.
Morri pela morte do amor.”

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

  A vida nos ensina muitas coisas, mas cabe somente a nós sabermos como usar de tanto ensinamento. Colocamos em prática o que aprendemos ou continuamos a fazer aquilo que achamos certo? Hoje por exemplo, aprendi que não importa quão grande o teu tamanho, isso será apenas uma embalagem que ao passar do tempo perderá seu valor, enquanto o que se encontra dentro dela durará para sempre, mas é claro, se for preservado.
 Sabe, nós somos humanos então nem sempre aceitaremos condições impostas pela vida, e se aceitarmos não as cumpriremos. Temos nossos medos e talvez o pior deles é acharmos que temos um limites, que não conseguiremos arcas com responsabilidades, é achar que somos fracos. Pois bem, não somos. Nossos limites vão além do que nossos olhos podem ver, nossas responsabilidades a cada dia mudam de nível e felizes são aqueles que alcançam o "hard", sem antes ter ficado um bom tempo no "easy".