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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Hoje pela manhã assisti a chuva, já que o sol se negou a me visitar, tomei meu café quente na expectativa da frieza do meu coração diminuir, vidrei meus olhos nas nuvens e meus ouvidos se perderam pelo vento que aos poucos fazia com que minha roupa fina se deslizasse pelo meu corpo inerte na cadeira. Senti o silêncio me explicar coisas inexplicáveis, e finalmente entendi o motivo de momentos tão nostálgicos e deprimentes, o porquê de uma postura tão firme, tão severa comigo mesmo e movimentos taciturnos, era a minha alma. Ela havia me deixado, como as outras pessoas que diziam me amar e estar comigo pra sempre fizeram.

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