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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ela pensava que sumir e abandonar os problemas seria o único jeito que ela conseguiria a paz e o sossego. Ela achava que chorar era coisa para os fracos e disse que nunca choraria, ainda mais por amor. Depois de um tempo, a vida dela começou a mudar, tudo desabando, estruturas emocionais que ela jurava ser compactas foram se esburacando, e seu coração talvez estivesse pela primeira vez sentindo a dor que o amor traz. Suas lágrimas iam marcando seu rosto, e empoçando no piso de sua casa, e ela sempre jurando que não eram lágrimas de tristeza e sim de felicidade, mas o que ela não sabia era que todos percebiam porque ela chorava, porque ela queria sumir, até mesmo o seu próprio amor sabia que a culpa era dele. Mas porque aquela menina não se declarava ? Se o seu amor era tão grande assim, o que a impedia de amar ? O medo, o medo era e sempre foi o pesadelo, o tormento daquela garota, ela queria ser forte só que jamais conseguiu, porque a cada dois passos que ela dava e encontrava uma pedra, ela voltava, porque tinha medo de tropeçar na pedra e não conseguir se levantar sozinha. Ela tinha medo de entregar seu coração que jamais tivera sido ferido para qualquer pessoa, ela tinha medo de chorar para não marcar o seu belo rosto, que nunca tivera sentido a dor que as lágrimas de tristeza trazem, ela não era nada. Infelizmente todo o seu medo fez com que ela se tornasse cada vez mais fraca, e com que tudo ao seu redor se tornasse um motivo pra ela parar sua caminhada, para ela desistir de amar, e se entregar totalmente a tristeza, a melancolia. Em um dia em que aquela menina já não suportava mais sentir dor e permanecer calada, ela escreveu uma carta, uma carta sem nenhuma razão para ser escrita, até porque o seu grande amor nunca lhe dera uma chance de se declarar, mas mesmo assim ela escreveu, disse tudo que um dia não teve coragem de dizer, e ao final da carta ela disse : os fracos são aqueles que choram, e os fortes são aqueles que secam as lágrimas, eu fui fraca não tive força de secar as lágrimas que empoçavam meu chão.

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